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Antes de mais nada, é bom que se diga que esse texto é um desabafo, porém, sem nenhum tipo de acusação ou direcionamento de cunho pessoal. É apenas um desabafo inconformado, que precisava sair do peito e tomar forma, nem que fossem em meras e parcas palavras.

Por onde anda o Cristianismo de Jesus? Cadê? Cadê a denúncia pública do pecado e a exposição da necessidade de arrependimento? Onde está o Cristo crucificado do evangelicalismo atual?

No lugar da cruz, eu vejo show. No lugar de Cristo surgem alguns pais, apóstolos, pastores, enfim, homens. No lugar do sofrimento garantido no Evangelho, eu encontro gritos desesperados e mentirosos de paz e prosperidade. No lugar do Espírito Santo pessoal, Consolador, Onipotente, Ensinador e Santificador do Evangelho, eu encontro uma “força” que faz as pessoas chorarem e falarem línguas, sem produzir fruto nenhum. O poder pra proclamar o Evangelho de Jesus é trocado por mero emocionalismo ritualístico da hora do culto. Apenas.

Meu Jesus, aquele das escrituras, que “(…) se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória” (1 Tim. 3.16) de maneira alguma pregaria essa religião vazia na qual se tornou o Cristianismo ao longo dos séculos. O Jesus das Escrituras não tinha receio de denunciar o pecado do homem, e menos medo ainda de abraçar um pecador em apuros, que se arrependeu de suas falhas. O Jesus das Escrituras não estava em grandes eventos para entreter, cheio de luzes, brilhos, sons e (pasmem!) humor. O Jesus das escrituras andava entre os marginais, entre os mendigos, prostitutas, publicanos. Ele não ia muito às festas da alta sociedade israelense de seus dias, antes, porém, não tinha onde reclinar a cabeça. O Jesus das Escrituras não compactuaria com essa pregação frouxa da atual igreja cristã, que, ao mesmo tempo que não prega o pecado, é a primeira a acusar o que nele incorre. O Jesus das Escrituras era, e é, diferente. O Jesus das Escrituras denunciava violentamente o pecado, mas fazia questão de amparar o pecador (sim, eu faço questão de frisar, repetir esse conceito, por crer que esses são os pontos mais falhos da Igreja Cristã de nossos dias).

Por onde anda o bom e velho Cristianismo, fundamentado nas Escrituras, tendo como base os ensinos do Mestre, rei, Senhor, Salvador, Criador e Soberano Jesus?

Onde, e que momento da história o Cristianismo deixou de seguir a Cristo? Responda se for capaz (eu não sei se sou!)! Onde erramos?

Entretanto, já me disse um amigo que “Nunca se foi tão longe, que não se possa voltar”. Fica o recado. Fica a oração.

Que o Santo Espírito de Deus levante uma geração compromissada com a Trindade e com o Evangelho! Que o Espírito molde uma geração parecida com o Filho, afim de que o Pai seja glorificado por meio das nossas obras.

Procuremos pelo Cristianismo antiquado, velho, cheirando a formol, que a Bíblia nos mostra!

Em nome de Jesus, voltemos ao Evangelho!

Em Cristo,

Eric de Moura

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