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Disse então o Senhor a Moisés: Por que você está clamando a mim? Diga aos israelitas que sigam avante. Erga a sua vara e estenda a mão sobre o mar, e as águas se dividirão para que os israelitas atravessem o mar em terra seca.”

À frente está o mar… Atrás estão os egípcios. Medo, pavor, pânico, terror… Esses são os sentimentos que se apoderam da alma dos hebreus.

Homens e mulheres acostumados a sofrer; jovens, crianças e idosos despreparados para a vida desértica… Mas agora não há mais o que fazer! Eles estão diante da primeira grande dificuldade, após o tão esperado e almejado êxodo. Detalhe: estavam nessa “fria” por conta de uma ordem do Deus que os havia tirado do Egito (cf. Êx. 14.1).

Se tudo isso já era complicado para o povo, como não estava a alma do velho e cansado líder, Moisés? Quantas indagações ingratas? Quantas reclamações infindáveis? “Hey, Moisés! Tirou-nos do Egito pra morrer aqui, nesse seco e feio deserto? Pelo menos lá seriamos sepultados dignamente!” era a fala da maioria do povo hebreu. Diante de tanta pressão, medo e “estresse”, Moisés clama ao Senhor, o Deus que os havia livrado: “Ele há de ter alguma solução pra esse caso aqui! Minha única e ultima esperança é Ele…” pode ter sido a expressão do, ainda, inexperiente líder.

Chegamos aos versículos que citamos acima. Essa é a resposta de Deus a Moisés, uma resposta talvez “seca”, dura, mas necessária naquelas circunstâncias. Uma resposta que vinha lembrar a Moisés o seu chamado, seu encontro com Deus. Agora, não mais diante da sarça, mas diante das esbravejantes aguas do Mar Vermelho, Deus fala a Moisés e é como se o relembrasse: “Por que clamas Moisés? Eu não disse, lá na sarça ardente, que estaria com você? Já não me apresentei como o ‘Eu Sou”? Responda, Moisés! Responda! Por que duvidas e temes agir com aquilo que tens em mãos? Usa as ferramentas que lhe dei, Moisés! Eu garanti presença constante!” A fala de Deus, embora dura, foi reconfortante e fez a diferença!

Quanto a nós, diante dos nossos mares internos e dos nossos inimigos sempre presentes somos tentados a esquecer das promessas do Nosso Senhor!  Ele já capacitou-nos com dons excelentes e deu-nos “cajados” para vencer as dificuldades, mas ainda queremos implorar por socorro, por causa da nossa negligencia espiritual. Já sabemos que devemos orar constantemente, mas só oramos em tempos de crise. Já sabemos que devemos manter a postura santa, mas ainda questionamos a Deus em relação a isso. Enfim, sabemos, por causa do Espírito que habita em nós, o que deve ser feito. Para Moisés, a ordem era “Marche!” e para nós? A ordem é “Santifiquem-se!”, “Amem!”, “Orem!”, “Chorem!”, “Cantem!”. Mas, o importante é que coloquemos em prática, lembrando das promessas de Jesus e entendendo que devemos servir a Ele com o que Ele já nos concedeu!

Com o cajado em mãos, avancemos contra os nossos desafios!

Em Cristo,

Eric de Moura

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