Maternidade é uma benção e também um desafio; uma dádiva e uma responsabilidade. Talvez, em nossos dias, sua responsabilidade seja o que mais se acentue em decorrência dos inúmeros desafios contemporâneos. A sociedade tem declarado guerra aos ideais históricos familiares. O divórcio tornou-se moda; a opção homossexual tem sido estimulada; a erotização e a promiscuidade têm sido generalizadas; a tolerância para com o aborto cresce e o modelo familiar tem sido tão reconfigurado que, em pouco tempo, a família, da maneira como a conhecemos hoje, pode simplesmente desaparecer.

Nosso tempo sugere famílias esfaceladas e desintegradas formadas por meios- pais, meios- avós, meios- tios, meios- primos e assim por diante: esta é a famosa família mosaico. No epicentro deste furacão sociológico a maternidade – responsável e submetida ao ensino cristão –, continua sendo um sinal de esperança para o mundo: novos homens e mulheres podem mudar o futuro – depende apenas de como serão educados e, isto, por sua vez, depende de como serão suas mães.

Sim, a maternidade traz sobre si a responsabilidade de formar homens e mulheres que sinalizem o bem e a esperança num mundo confuso e desesperador. Maternidade é sinônimo de alegrias e tristezas. É assim que a Bíblia nos apresenta. Ela também é reconhecidamente o símbolo máximo de afeto, de amor e carinho. Talvez seja por isso que Deus a utilizou para descrever seu intenso amor por seu povo. “Será que uma mãe pode esquecer o seu bebê? Será que pode deixar de amar o seu próprio filho?” perguntou retoricamente o Senhor ao seu povo. “Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês” garantiu em seguida (Is 49.15). Em outra ocasião Ele disse “assim como uma mãe consola seu filho, também eu os consolarei” (Is 66.13). Isaias visualizou Israel como um bebê sendo amamentado pela mãe, completamente dependente dela; uma mãe que jamais iria esquecê-lo. É assim que devemos nos sentir em relação a Deus. Seu amor por nós é maternal. Que glorioso! Deus emprestando uma imagem humana – uma mãe – para descrever com intensidade seu grande amor por nós. É por estas e outras que ainda em nossos dias a maternidade continua sendo mais do que um evento natural da vida ou mesmo uma opção; mais do que uma experiência tão comum como qualquer outra. Maternidade é um símbolo de altruísmo e abnegação.

Por mais que esta sociedade deprimida e caótica tente desgastar este símbolo ele permanece vívido, sendo ainda o mais expressivo emblema do verdadeiro ato de amar. Assim, neste dia das mães, queremos parabenizá-las não somente por quem são e pelo que fazem – o que já seria o suficiente para tanto – mas, sobretudo, pelo que representam: a melhor expressão do verbo amar. 

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