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Preocupação excessiva com uns; descaso total com outros

 

Na manhã do dia 7 de janeiro de 2015 ocorreu em Paris, na sede do Jornal de Humor Charlie Hebdo um dos mais sangrentos atentados terroristas da historia francesa… De acordo com o site de noticias G1, 12 pessoas morreram e pelo menos 11 ficaram feridas.

A cobertura jornalística foi impecável: enviados de diversas emissoras do mundo foram  até a sede mundial do glamour, a Cidade Luz, para cobrir os momentos mais trágicos para muitas famílias enlutadas e muitos franceses solidários. A comunidade internacional sensibilizou-se a ponto de promover uma Marcha Pela Paz (na qual esteve ausente nossa Presidente), reunindo diversos líderes mundiais e milhares de cidadãos franceses. Todos os jornais do mundo noticiaram detalhadamente todas as operações policiais em busca dos irmãos muçulmanos que foram os responsáveis pelos ataques. O motivo dos ataques? Os cartunistas da revista satirizavam constantemente o profeta Maomé, venerado pelos islâmicos.

Na Nigéria, 4 dias antes, também houve um atentado… Mas eles não falaram nada. Nenhuma televisão, nenhum jornal de vulto mundial, nenhuma linha no New York Times, nem 30 segundos na BBC de Londres. Em Paris morreram 12; na Nigéria falam-se em 2000 mortos. E eles não falaram absolutamente NADA… Será que a mídia usa de dois pesos e duas medidas? Será que o jornalismo tem sido tendencioso?

Nas redes sociais, após o atentado francês, começou a circular a hashtag “Je Suis Charlie”, que traduzido significa “Eu sou Charlie”. Milhares de pessoas tocadas pelo atentado francês não deram a mínima para o atentado nigeriano.

Não as culpo… Sabe por quê? Porque a natureza do ser humano é essencialmente má e egoísta e só vê o que lhe interessa… Talvez a nossa reação fosse (ou tenha sido) de profunda indiferença, tanto com um quanto com o outro caso… Não existem vidas mais importantes que as outras. Os franceses são tão importantes quanto os nigerianos e vice-versa.

Te convido a colocar em prática toda a teorização do amor cristão que nós vivemos e a separar um momento do seu dia, nessa semana, para colocar diante de Deus nossas indiferenças: pelos franceses e nigerianos, mas também pelo mendigo da rua pela qual passamos todos os dias, pelo vizinho viciado em álcool, pelo amigo que esta entrando nas drogas, enfim… Por todos aqueles que temos tratado com indiferença e que precisam de nós.

Pratiquemos 1 João 3.18: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de boca, mas em ações e em verdade”!

Que Deus nos ajude a vencer a indiferença que nos rodeia.

 

Em Cristo,

Eric de Moura

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