Ao longo da vida tenho aprendido algumas coisas, as quais me levam a pensar! Já passei por algumas experiências muito importantes.

 

Sou psicólogo.

 

Na minha primeira infância, aprendi com meus pais que era preciso ser Agradecido. Educado. Amigo. Digno. Gentil. Honesto. Leal. Sincero. Respeitador. Trabalhador. E assim por diante.

 

Por algum tempo, assim como você, fui testemunha da fase do T E R. Era preciso ter. Ter boa aparência. Ter dinheiro. Ter status. Ter coisas. Ter, ter e ter.

 

Na atualidade, estamos vivendo a fase do “faz de conta”

 

Hoje, as pessoas fazem de conta que está tudo bem.

 

Pais fazem de conta que educam. Professores fazem de conta que ensinam. Alunos fazem de conta que aprendem.

 

Profissionais fazem de conta que são competentes. Governantes fazem de conta que se preocupam com o povo. E o povo faz de conta que acredita.

 

Pessoas fazem de conta que são honestas. Líderes religiosos fazem de conta que vivem o que pregam e se fazem passar por fiéis representantes de Deus. E fiéis fazem de conta que têm fé.

 

Doentes fazem de conta que tem saúde. Criminosos fazem de conta que são dignos. Traficantes se passam por cidadãos de bem. E a justiça faz de conta que é imparcial.

 

Corruptos se fazem passar por idealistas. Justiceiros se passam por amigos da sociedade. E a sociedade, mesmo enganada, faz de conta que acredita.

 

Pais fazem de conta que não sabem dos erros e das malandragens dos filhos. E os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem.

 

E a maioria da população faz de conta que está tudo bem.

 

Podemos até arranjar desculpas para explicar o nosso faz de conta, mas só enganamos a nós mesmos. Afinal, a pessoa que age assim confunde a si mesma, cai num vazio e finda se desgastando.

 

É preciso ser autênticos e valorizarmos o que somos. Pois somos o que somos – e pessoas autênticas são simples e especiais. Coerentes e descomplicadas. Fiéis e amigas.

 

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